quarta-feira, 11 de março de 2015

Sobre um país dividido

     Estudar a história política do Brasil, escrever uma tese sobre isso, é realmente gratificante. Cada vez mais me percebo vivendo num mundo que entendo, que faz sentido para mim.
     Tentando compreender a experiência do constitucionalismo no Brasil em princípios do século XIX, percebo, cada vez mais, que o que estava em jogo, ou principal problema enfrentado pelos construtores do novo regime, era o problema da representação política. Pierre Ronsavallon chamou a isso "mecanismos da formação política da vontade geral. Urgia criar um sistema político (constitucional) capaz de aglutinar muitas vontades e demandas por representação política de uma população cada vez mais diversa e com maior consciência de seu poder de atuação direta na vida política. O liberalismo tinha como premissa uma administração pública transparente já que a sociedade andava agora cada vez mais envolvida com o "bem público". 
       Ora, o paralelo com com nossa atual conjuntura social e política é bem fácil de se estabelecer, até porque, o momento político nada mais é do que estes valores levados ao limite, mas principalmente, pode ser explicado pela histórica e revolucionária inversão do lugar daquele "povo" que era então representado. (termino isso daqui a pouco rsrsrs)

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