sábado, 21 de fevereiro de 2015

Tim Maia - o filme

Ruim: atores, roteiro, direção e a narração do Cauã Reymond. Aliás, essa merece um comentário à parte. Péssima dicção e uma voz que não serve pra função. Que ele continue como galã da globo.  Mas nada é pior que essa coisa de deturpar a biografia do cara como se suas milhares de histórias, ás vezes malucas, outras bizarras, não fossem suficientes para fazer um belo filme. Dos seus relacionamentos amorosos à carreira, muita coisa é escamoteada. Sua temporada nos Estados Unidos aparece como mais uma porralouquisse, quando na verdade nem é preciso conhecer sua biografia para saber que foi algo calculado: conhecer a cultura soul, a black music norte americana. Ele chegou a formar uma banda e gravar um compacto por la. Apesar do filme a experiência é boa. Eu pelo menos fiquei no sofá com um sentimento de gratidão. Explico: costumava pensar que uma das provas de que Deus não existe seria o fato dele colocar  talento nos canalhas, nos malucos, nos autodetrutivos. Hoje penso que o talento e a genialidade é levam à autodestruição e à maluquice... produzem uma gente para quem esse mundo não está preparado. Agradeço àqueles que recebem o talento e a genialidade, que vivem histórias e produzem coisas incríveis por nós, mesmo que o preço seja uma via curta, miserável, louca.

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