
Essa estrada nos levou a Lumiar, para nossa surpresa, um lugar lindo cheio verde e cachoeiras. Aventureiros que somos, seguimos viagem ouvindo a geringonça: "vire à direita", "vc está acima do limite de velociade". Chegando em São Pedro da Aldeia, lembramos que alí fica a " Casa da Flor", uma obra prima da arquitetura espontânea, comparada ao trabalho de Gaudi. O intrépido casal foi em busca da tal casa, mas sem a ajuda do GPS pois não sabíamos o endereço. Nos perdemos na periferia da cidade, mas como sempre, chegamos e nos surpreendemos. É uma visão emocionante, difícil de definir. Só mesmo meu namorido, historiador dos conceitos conseguiu criar um para a Casa.
-Lua, é um beleza orgânica, como uma caixa de marimbondos, uma colméia de abelhas, ou algo assim. É vivo, é pulsante.
Ele sabe tudo! Gabriel Joaquim dos Santos, trabalhador rural, analfabeto, construiu a casa. Nunca se casou ou teve filhos, dedicou a vida àquela casa. E novamente ele:
-Isso é queimar uma vida em nome de algo que se acredita maior.
-Isso é queimar uma vida em nome de algo que se acredita maior.
Eu já havia visto imagens da Casa pela internet e televisão, mas nada se compara à experiência de estar alí.
Depois disso resolvemos seguir viagem. Paramos num quiosque à beira da lagoa de Araruama, pedimos um chopinho e entre risadas e lembranças da aventura, propus:
-"Um brinde à nossa relação"